sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comercial premiado no FAM

Olá meninas(os)
Neste mês de julho foi realizado mais uma edição do FAM - Festival de Áudio e Multimídia da APP Ribeirão, em Ribeirão Preto, São Paulo e o terceiro lugar na categoria Spot Promocional, ficou com uma peça da Car Áudio em que tive participação. O comercial produzido para o rádio, incita o consumidor a instalar uma tv digital no carro. Eu faço a voz do narrador e do repórter de campo.
Cliente: Car Áudio
Agência: King
Produção áudio: ZYB
Locução:
Sérgio Mendes: narrador e repórter
Marcos Linhares: locução promocional

Bjs no coração e fiquem com Deus

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tri FM (Capítulo X)

Em dezembro de 2003 fui contratado pela Tri FM para cobrir férias do locutor Roque Vieira (hoje na Guarujá FM). No retorno de suas férias em janeiro de 2004, devido ao trabalho que ele fazia na televisão apresentando o Mar Shopping Show, solicitou que passasse a trabalhar somente nos finais de semana. Dessa forma, a partir de janeiro de 2004, fui efetivado como locutor do horário das 18hs às 22hs. O time de locução da época era Santiago Peres das 06hs as 10hs; Rick Elblink das 10hs as 14hs, sendo que das 13hs as 15hs dividia os microfones com a locutora Lucimara Félix na apresentação do Amor a Dois; Flávio Filho das 14hs as 18hs; eu das 18hs as 22hs; Robson Calil das 22hs as 02hs; Edson França das 02hs as 06hs; coordenação artística de Inês Bari. Em outubro de 2006, no meu retorno do período de férias, alguns horários foram modificados e ficaram da seguinte forma: entre 06hs da manhã e 14hs não houve modificação, mas das 14hs as 18hs assumiu o horário o locutor Val Tomazini; das 18hs as 22hs Flávio Filho; eu das 22hs as 02hs e Thiago Ferraz das 02hs as 06hs. Nas folgas, Pablo Pablo e Theo Rangel. A partir de então tive a responsabilidade de assumir o comando de um dos programas mais conhecidos e queridos do rádio regional, o Expresso da Meia Noite. Confesso que no início não estava me adaptando, embora muitas pessoas dissessem que estavam gostando. Mas para quem sempre esteve acostumado a trabalhar em horários que exigiam uma locução mais rápida, não estava sendo fácil diminuir o ritmo. Nesse período de adaptação, pensei várias vezes em desistir. Ainda bem que não fiz isso. Hoje, adoro apresentar o Expresso. A participação dos ouvintes é muito grande, a comunidade do Orkut já tem quase duas mil pessoas e não pára de chegar gente todos os dias. Como digo sempre no programa, fico muito feliz quando novos “passageiros embarcam na plataforma” no início de mais uma viagem, se juntando àqueles que viajam costumeiramente.
Agradeço o carinho que tenho recebido dos meus ouvintes nesses vinte anos de carreira e espero continuar recebendo por quanto tempo Deus permitir que eu continue nesse trem da vida.
Bjs no coração e fiquem com Deus



Sérgio Mendes Estúdio Tri FM 2009

Equipe Tri FM 2009
Thiago Ferraz, Pablo Pablo, Sérgio Mendes, Flávio Filho, Ricky Elblink, Lucimara Félix, Santiago Peres e Theo Rangel (abaixo)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Auto Moto Shopping (Capítulo IX)

Em 2002, em sociedade com o amigo Luciano Pessoa, que na época era coordenador artístico da rádio Hits FM (onde eu estava fazendo locução das 16hs às 21hs), criamos uma produtora de vídeo para produzir um programa de varejo no setor automotivo, que até então não havia no mercado. O Auto Moto Shopping foi o primeiro programa de vendas do setor automotivo da região e pagamos um alto preço por sermos os pioneiros. Primeiro, foi a dificuldade em fazer com que os comerciantes deste setor entendessem o benefício de se ter na televisão um programa segmentado, com um público mais restrito que o programa de varejo “mix”, porém atingindo em cheio o público-alvo. Segundo, a instabilidade econômica que o país estava vivendo naquela época, com a eleição do Lula. Muitos empresários estavam apreensivos com os novos caminhos que o país poderia seguir. E empresário apreensivo é sinal de cortes. E qual o primeiro corte? Sim, infelizmente a publicidade. Terceiro, a escassez dos nossos recursos, que a princípio julgamos ser necessário, mas diante de tanta dificuldade se tornou mais um obstáculo para o crescimento e desenvolvimento do projeto. Mesmo assim, aos trancos e barrancos, conseguimos manter o programa por cinco anos no ar. Mas no primeiro semestre com o mercado em baixa, a concorrência desleal, a inadimplência, somados a todas as outras dificuldades, fomos obrigados a abandonar o projeto do primeiro programa de vendas do setor automotivo da TV regional, o Auto Moto Shopping. Aproveito para agradecer a todos que nos ajudaram nesse período. Foram muitos amigos. Mas, gostaria de agradecer a um em especial. Wanderlei Camargo da Flip Filmes. Ele era o responsável pela captação, edição e finalização do programa. Sempre fez seu trabalho com muita qualidade, nunca deixando de cumprir o que foi acertado. Boa parte do conhecimento que tenho sobre captação, edição e finalização de vídeo, devo a ele e a sua família que de alguma forma se envolveu em nosso projeto. Devido a sua experiência, muitas vezes conversava comigo como se fosse meu pai dando conselhos à um filho. Isso será inesquecível. Infelizmente nossa parceria terminou e algumas pendências, de nossa responsabilidade, ficaram para trás, abalando uma amizade de alguns anos. Espero um dia poder reparar todo esse transtorno para, principalmente acabar com uma angústia que me acompanha diariamente.

Bom, amanhã eu continuo a contar minha trajetória, desta vez, na Tri FM
Bjs no coração e fiquem com Deus

terça-feira, 21 de julho de 2009

Televisão (Capítulo VIII)

Cintia Moran foi uma das locutoras da rádio Enseada FM, que por um bom período, tinha apenas vozes femininas no seu quadro de locutores. Foi ela uma das responsáveis para que eu me tornasse um apresentador de televisão. Em novembro de 96 ela me liga, perguntando se eu gostaria de fazer um teste para apresentar um programa de vendas na televisão. Seria um projeto em parceria da TV Brasil/SBT com o CDL Santos, com 12 programas gravados e exibidos no mês de dezembro. Eu nunca havia pensado nessa possibilidade. Não me via apresentando um programa na TV. Mas, como diz o outro, se é de graça, até ônibus errado. Fiz o teste numa sexta feira nos estúdios da TV Brasil. Quem estava coordenando esse teste na ocasião era a apresentadora Paula Quagliato. No sábado, fiz outro teste, desta vez na loja Monjolo Decorações. Fui aprovado e deveria começar as gravações na segunda feira. Como eu tinha duas férias vencidas na rádio Guarujá, eu praticamente obriguei a empresa a me dispensar na segunda feira. E foi o que aconteceu.
O trabalho foi muito cansativo, pois gravávamos um programa por dia. Rose Figueiredo e Jean Marcel, que já eram apresentadores da TV, também participaram desse projeto do CDL-Santos. Mas era um trabalho temporário. Fui contratado no dia 1º de dezembro e dispensado no dia 31 do mesmo mês. Como relatei na postagem de ontem, voltei a trabalhar em janeiro na rádio e em fevereiro fui obrigado a sair de férias novamente, pois havia outro período vencido e quando voltei em março, fui dispensado. Começou ali um período de muita ansiedade e angústia. O diretor da TV Brasil da época, Eduardo Andréa, havia gostado do meu trabalho, mas não podia me contratar, porque a emissora já possuía dois bons apresentadores. E me disse em uma ocasião: “O dia que um deles sair, eu te chamo”. Em maio de 97, a apresentadora Rose Figueiredo foi para o Vale do Paraíba, trabalhar em outro projeto, deixando em aberto a vaga que eu esperava para voltar à TV. Foi um longo período de seis anos onde aprendi muito e fiz muitos amigos. Além do apresentador Jean Marcel, com o qual já havíamos trabalhado na rádio Cultura FM, Eduardo Andréa, Miriam Bernardes, Elaine Santos, Lizete Capeletto, Cássio Laranja, os cinegrafistas André, Fabio Pedro, Rui Guerra, Clebson, os assistentes, que foram vários e muitos outros que minha memória não me ajuda a lembrar.
Em 2002, senti que meu “prazo de validade” na emissora estava vencendo. Tinha a necessidade de respirar novos ares. Novos desafios. Resolvi então criar a minha própria produtora e fazer um programa independente. Fiquei feliz por poder sair de cabeça erguida e manter a amizade daqueles que julgava meus amigos de verdade. E também por poder, antes de sair, indicar um amigo para me substituir, o que acabou acontecendo e permanecendo por lá, até hoje. O ótimo apresentador Fábio Félix.

Amanhã escrevo sobre a minha frustrada experiência como empresário.
Bjs no coração e fique com Deus


Cintia Moran e Lucimara Félix 1997

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Rádio Guarujá FM (Capítulo VII)

No final do ano 1993, recém saído de uma péssima experiência na rádio 98 FM, que na época, se chamava Ilha do Sol FM, eu trabalhava num salão de beleza que tinha como um dos clientes, o locutor Beto Zarif. Foi por intermédio dele que comecei a trabalhar na Rádio Guarujá FM no mês de dezembro de 93. A princípio, fazia a função de folguista, trabalhando cada dia em um horário diferente. Lembro que na época, o time de locução da Guarujá FM era: das 7 às 10hs Beto Zarif; das 10hs às 13hs Rick Elblink; das 13hs às 16hs Marcelo Guimarães; das 16hs às 19hs Caio Vilela. Sinceramente não lembro exatamente quem fazia os outros horários. Mas lembro que ainda havia no time de locutores Flávio Filho e Renato Boni entre outros. Depois de um tempo passei a fazer o horário das 16hs às 19hs todos os dias, onde trocava de horário com o locutor Rick Elblink. Veja link para assistir a uma dessas trocas de horários. Enquanto estive por lá ainda trabalhei com Cleber Celino, Billy (mais uma vez, pois trabalhamos juntos na Rádio Morada do Sol em São Sebastião, em 1990), o saudoso Julinho Cesar e Gilberto Júnior. Além dos operadores: Palito e Papel; programadores Marco Antonio e Altamir; e outros profissionais como Fábio Bueno, que na época era responsável pelo RH e que mais tarde se tornaria locutor também; Isabel “Babalu”, que na época era telefonista e hoje é responsável pelo departamento de promoção; entre outros.
No final de 1996, fui convidado a apresentar um projeto especial de Natal do CDL Santos na TV Brasil/SBT. Para tal, me ausentei da rádio no mês de dezembro por conta de férias atrasadas. Aliás, na época eu tinha duas vencidas. Retornei em janeiro de 97. Em fevereiro a rádio me obrigou a gozar outro período de férias e no meu retorno em março, fui dispensado.
Agora restava a esperança de ser chamado novamente pela TV Brasil.

Mas isso é um assunto para amanhã
Bjs no coração e fique com Deus

Guarujá FM 1993


Guarujá FM 1994

Guarujá FM 1997


domingo, 19 de julho de 2009

Dublagem (Capítulo VI)

Por volta do ano 1994, surgiu na cidade uma produtora que dublava em português os documentários do Discovery Channel. Chamava-se DPN. A empresa foi fundada pelos radialistas Pedro de Paula Neto, Pedro Luis e Neto. Muitos locutores da região foram selecionados para fazer as vozes desses documentários. No início era feito apenas uma sobreposição de vozes, técnica conhecida como “voice-over”, onde a voz em português apenas se sobrepunha à original. Com a dedicação de todos os profissionais envolvidos no projeto e de forma autodidata, começamos a fazer a dublagem propriamente dita, com a exclusão do áudio original e a sincronização dos movimentos labiais, o chamado “lip-sync”.
De todos os documentários que gravei na DPN, por aproximadamente 7 anos, destaco três deles. “Os Novos Exploradores”, (fazia a voz do narrador); “O Próximo Passo”, (fazia a voz do personagem Phill no quadro “Os tira-teimas”); “As Aventuras de Jack Hanna” (fazia a voz de Jack Hanna). Sei que fazia algumas vozes caricatas para o Discovery Kids, mas não lembro nem dos nomes dos personagens, nem do seriado.
O que dava mais trabalho e também mais satisfação era “O Próximo Passo”, onde o personagem que eu emprestava a voz, Phill, conversava quase que todo o programa com outro personagem, o Paul, que era dublado pelo locutor Rick Elblink. Nós gravávamos juntos no estúdio, prática pouco usual nas dublagens, onde cada personagem é dublado em separado dos outros. Lamento não ter muito material arquivado, mas aqui está o link para você assistir a um trecho de um dos programas em que eu e Rick Elblink, fazemos as vozes de Paul e Phill, em “O Próximo Passo”, no Discovery Channel, na década de 90.

Amanhã tem mais história
Bjs no coração e fiquem com Deus



Estúdios DPN Santos

Sérgio Mendes (Phill) e Rick Elblink (Paul) - Programa O Próximo Passo - Discovery

sábado, 18 de julho de 2009

São Paulo (Capítulo V)

Tive algumas experiências nas rádios de São Paulo e a primeira delas foi na rádio Metropolitana FM. Em 1991, alguns locutores que haviam trabalhado comigo na Morada do Sol FM de São Sebastião (Tavinho Júnior e Denise Costa) e Ricardo San que era da Morada do Sol FM de Araraquara (mesmo não trabalhando na mesma emissora éramos do mesmo grupo e conhecia meu trabalho), me indicaram para cobrir as folgas nos finais de semana. Fui apresentado ao coordenador artístico da época, Ricardo Henrique, e contratado. Na época o time de locução da Metropolitana FM era: das 6hs às 10hs Roni Magrini; das 10hs às 14hs Celso Giunti e Domenico Gatto; das 14hs às 18hs Denise Costa; das 18hs às 22hs Tavinho Júnior; das 22hs às 2hs Ricardo San e nas madrugadas Mauricio Morales. Nos finais de semana, eu e Pedro Luis que também era de Santos. Esse time acabou mudando uns três meses depois da minha entrada o que me possibilitou sair das folgas de final de semana e assumir o horário das 18hs às 22hs.
Foi também um período de muito aprendizado e conquista de novas amizades. Depois de aproximadamente um ano, o salário defasado e o cansaço de subir a serra todos os dias, me desanimaram a continuar na Metropolitana FM e voltei à Santos, em um dos meus retornos à Rádio Cultura FM.
Outra rádio que atuei em São Paulo foi a Transamérica FM e por duas vezes. Uma delas foi entre outubro de 1994 e março de 1995 e a outra entre julho de 1998 e julho de 2001. Na primeira vez, o time de locução era: das 6hs às 10hs Ciro Bottini (hoje Shoptime); das 10hs às 14hs Fábio Félix (hoje TV Brasil/SBT); das 14hs às 18hs Sérgio Moreno; das 18hs às 22hs Sandro Tals; das 22hs às 02hs Monica Venerable e nas madrugadas não me recordo. No final de semana, eu e Sérgio Duarte (hoje mora em Brasília). Na coordenação, Ricardo Henrique. Em 1998, o time de locução era: das 7hs às 11hs Windson Clay; das 11hs às 15hs Beto Keller (hoje Energia FM); das 15hs às 18hs Lui (hoje AXN); das 18hs às 22hs Gislaine Martins (ainda na Transamérica); das 22hs às 2hs Ricardo San (ainda na Transamérica); das 2hs às 7hs João Ruth; e nos finais de semana eu e Babu. Na coordenação artística, Marcelo Nascimento (atual diretor da Luciana Gimenez). Muitos outros locutores trabalharam comigo nessas emissoras, como: Nano Filho, Renê, Flávio Siqueira, Rui Bala, Denis Brown, Banana, Paulo Mello, Sandro Anderson, Alexandre Medeiros entre outros.
Além dos locutores conheci outros excelentes profissionais. Johnny, o eterno programador musical da Transamérica; havia um ótimo operador de estúdio na Metropolitana, o saudoso Papel; outro operador de estúdio muito bom que trabalhei e não sei por onde anda, se chama Lico; um excelente produtor musical que hoje trabalha no Caldeirão do Hulk, maestro Billy; e tantos outros que infelizmente minha memória não ajuda a lembrar dos nomes.
Felizmente ainda hoje conto com a amizade de muitos deles.
Amanhã continuo a minha história de 20 anos de carreira.
Bjs no coração e fiquem com Deus

Rádio Transamérica 1994/1995

Rádio Transamérica 1998/2001


Com Laura Pausini, Rádio Transamérica 1998/2001


sexta-feira, 17 de julho de 2009

De volta à Santos (Capítulo IV)

Estava feliz e aliviado por voltar à minha cidade. E, principalmente, por deixar para trás toda angústia e sofrimento dos tempos de “vacas magras”. Não que as vacas tenham engordado muito, mas pelo menos estava em casa e comendo a comidinha de mamãe. Tenho a certeza também que meus pais ficaram felizes com meu retorno. Sei que sofreram todo esse período que estive fora e, mesmo eu escondendo boa parte das dificuldades, sei que sabiam mais do que eu imaginava. O apoio deles foi fundamental para que eu conseguisse superar.
No mesmo dia que cheguei a Santos, mesmo antes de pensar que estaria desempregado, Neto, coordenador artístico da rádio Morada do Sol, me liga para dizer que eu deveria no dia seguinte procurar o coordenador artístico da rádio Cultura FM, porque ele estaria precisando de um locutor para fazer as madrugadas. O nome dele: Rui Pantera.
Rui Pantera foi o profissional de rádio mais divertido e maluco que já conheci. O cara mudava de humor a cada 5 minutos. Num momento você se divertia com suas brincadeiras e no momento seguinte você já o odiava porque ele já tinha feito uma de suas “maluquices”. E as histórias que envolvem Rui Pantera não são poucas. Conta-se que, num primeiro de abril, o grupo Titãs iria se apresentar na cidade com promoção da Cultura FM. Ele então lançou uma promoção no início de seu horário às 14hs, dizendo que as primeiras 200 ou 500 pessoas, não sei exatamente o número, mas parece que seriam muitas, que chegassem à galeria 5ª Avenida, ganhariam convites para o tal show. Não parava de chegar gente. Os seguranças da galeria tiveram que fechar as portas porque não cabia mais ninguém. Todos espremidos, aguardando a distribuição dos convites. Às 18hs, no final de seu horário, Rui Pantera, no alto de sua irresponsabilidade, diz que foi uma brincadeira de 1º de abril. Nem precisa dizer que foi aquela confusão e o autor da brincadeira teve de sair do local no porta-malas de um carro para que não fosse linchado. Essa foi apenas uma delas. Quem sabe, um dia escrevo um, ou melhor, vários capítulos com as histórias de Rui Pantera.
Maluquices à parte, ele me contratou para fazer as madrugadas da Cultura FM. O horário era das 2hs às 7hs da manhã. O time de locução da rádio daquela época era: das 6hs às 10hs da manhã Fábio Félix; das 10hs às 14hs Rui Pantera; das 14hs às 18hs Marcelo Petito; das 18hs às 22hs Roberto César; das 22hs às 2hs Jeferson e eu nas madrugadas. Ainda tinha Jeal Marcel e Silas de Oliveira nas folgas.
Foi um período muito bom, onde fiz muitos amigos e foi nessa época, por conta de trabalhar somente de madrugada que dei início à minha carreira de cabeleireiro, profissão que aprendi em 1988, quando eu era sócio em uma loja de cosméticos na Praça Visconde de Itaboraí (cruzamento do canal 5 com a Avenida Afonso Pena) e no piso acima da loja havia um salão de beleza. Os profissionais que trabalhavam lá se tornaram nossos clientes, posteriormente amigos. Por conta dessa amizade e convívio diário, acabei aprendendo a cortar cabelo, que depois aprimorei com alguns cursos. Em 1997, quando comecei a também apresentar programa na televisão (TVB Varejo – TVB/SBT) não conseguia mais dar conta de todas as atividades e tive que optar em parar uma delas. Optei em largar o salão de beleza.
Além dessa passagem pela Cultura FM em 1990, voltei mais duas vezes. Uma em 1991 e outra em 1992. Na primeira delas, o motivo de minha saída foi porque apareceu o convite para trabalhar na rádio Metropolitana FM de São Paulo. E eu fui.

Amanhã continuo minha história.
Bjs no coração e fique com Deus

No alto, Fábio Félix, à esquerda David Rangel, no centro Sérgio Mendes,
na frente Rodney D (aquele da Pamonha) e abaixo Marcelo Modesto
em uma festa da Cultura FM na antiga Lofty no Gonzaga, Santos, por volta de 1990.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Passagem pelo Litoral Norte (Capítulo III)

Voltei da minha viagem ao Litoral Norte muito feliz e ao mesmo tempo apreensivo. Feliz por ter sido aprovado no meu primeiro teste profissional (mal sabia que seria reprovado em muitos na carreira) e apreensivo por ter que mudar a vida radicalmente. Cidade, emprego, família, amigos... Dinheiro. É... Não seria fácil.
A proposta que recebi foi para ganhar a metade do que ganhava no meu emprego na Transcar. Mas também era para trabalhar a metade do tempo. Teria tempo pra conseguir dinheiro fazendo outra coisa no tempo ocioso. A rádio ainda oferecia uma casa para morar com outros locutores, o que seria uma república, e dava uma ajuda de custo para alimentação.
Depois de muito pensar e analisar os prós e contras fui de mala, cuia, muita coragem e esperança para São Sebastião. Era o dia 23 de julho de 1989.
Ao chegar por lá a primeira decepção. A tal casa que a rádio cedia aos locutores, não passava de uma “meia-água” com um quarto, cozinha e banheiro, nos fundos de um terreno. Até que a casa não era tão pequena. Isso se nela não morassem quatro locutores. E eu era o quinto. Só havia duas camas. Isso significa que os outros três dormiriam no chão. Um na cozinha, outro no corredor (se aquilo poderia se chamar de corredor) e o outro no meio das duas camas, num vão que não tinha mais do que 80 cm. A primeira reação foi a de pegar minha mala e voltar pra casa. Mas como voltar? Já tinha me desfeito de muitas coisas e não havia essa possibilidade. O jeito era assumir a minha responsabilidade e encarar as dificuldades que não foram poucas.
Os três primeiros meses em São Sebastião foram para nunca mais esquecer. Sem ter o que comer e sem condições de comprar, os locutores dependiam da boa vontade de pessoas que percebiam a nossa necessidade e nos ofereciam ajuda. Sem elas não daria pra continuar. E mesmo emagrecendo quase 10 quilos, continuei. Fazia meu trabalho com dedicação e comecei a fazer coberturas de shows e eventos na cidade. Em um deles tive o prazer, ou desprazer, de conhecer o cantor Fábio Jr., que se mostrou uma pessoa muito antipática e arrogante. Em outra oportunidade, fiz a cobertura da pré temporada do campeonato mundial de basquete daquele ano, acompanhando a seleção brasileira feminina. Dentre elas, duas jogadoras que se destacariam: Paula e Hortência. Foi uma boa convivência de 10 dias que ao final, todos estavam tristes com a despedida. Depois de amargar três meses ruins na rádio Beira Mar, fui convidado para trabalhar na rádio Morada do Sol FM, também de São Sebastião, pelo gerente da época que se chamava Joel que hoje mora no céu. Na Morada do Sol as coisas começaram a melhorar. As condições de moradia e a questão financeira eram melhores (nem tanto), mas consegui recuperar alguns quilinhos. Nesse período fiz muitas amizades com outros locutores como Billy (não sei onde está trabalhando atualmente), Denise Costa (está em Portugal), Tavinho Júnior (não sei seu paradeiro), Guto Moreno (teve passagens pela TV Gazeta), entre outros.
Fiquei em São Sebastião exatamente um ano. Foi o período que me propus a ficar. Seira o suficiente para adquirir experiência e quem sabe receber um convite para ingressar em outra rádio, agora na minha cidade: Santos
O convite não apareceu e no dia 23 de julho de 1990, exatos 12 meses após minha chegada, voltei para casa. No dia seguinte estava empregado. Amanhã continuo essa história.
Bjs. no coração e fiquem com Deus.


Jogadora Janete, Sérgio Mendes, treinadora Maria Helena e jogadora Paula.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Início no rádio (Capítulo II)

O curso de locução que fiz no SENAC-Santos não foi dos melhores cursos que fiz não. Principalmente por causa da estrutura física. Em 1989 o prédio onde funciona a instituição até hoje, na Avenida Conselheiro Nébias, sofreu uma grande reforma. Foram retiradas todas as paredes do prédio. Só aproveitaram o “esqueleto” de concreto. Nesse período, todos os cursos foram ministrados no Colégio Marza, no Gonzaga. Nossas aulas foram ministradas em salas comuns e as nossas gravações eram feitas em um aparelho de som caseiro, conhecido como “3 em 1”. Não lembro quantos alunos começaram o curso, mas sei que eram muitos. Terminaram apenas 23. De todos os formandos apenas eu e o Márcio Harrison (atualmente na Rede VTV) seguiram a carreira de radialista, que eu me lembre. Márcio na época já trabalha como repórter do programa Polícia Sem Censura, na rádio Cultura AM, apresentado pelo jornalista Abissair Rocha e foi para o SENAC com o intuito de obter o seu registro profissional.
Outra aluna da época, Haimeé Boturão, se dedicou à produção de jingles. Haimeé era uma grande parceira nas nossas produções em sala de aula.
Como sou muito ruim para lembrar os nomes das pessoas, me perdoem se estiver esquecendo alguém. Dos professores, o que lembro bem é de Oswaldo Tassi. Talvez pelo fato dele ministrar as aulas práticas de locução, que eram as que mais gostávamos. Durante essas aulas, recebíamos várias visitas de profissionais que haviam se formado recentemente no SENAC, como Fábio Félix (atualmente apresentando TVB Varejo), que se transformou num grande amigo mais tarde; Cintia Moran (atualmente assessora de imprensa) responsável mais tarde por me apresentar aos diretores da TV Brasil-SBT que deu início à minha carreira de apresentador; e João Carlos o “Johnny” que atuou por muitos anos na extinta 95 FM, depois na também extinta Enseada FM e atualmente na CBN São Paulo. Johnny, talvez sem saber, foi o responsável pelo meu início em rádio. Durante uma visita ao curso, disse que estaria voltando à cidade, pois estava saindo da Rádio Beira Mar FM (São Sebastião) e indo pra 95 FM e se alguém estivesse interessado, que fosse ao litoral norte fazer teste, pois como lá não havia curso de locução (não sei se existe hoje) eles costumavam contratar os recém-formados do SENAC-Santos, assim como aconteceu com ele.
Naquela noite, aquela história ficou latejando na minha cabeça. No final de semana seguinte, peguei um ônibus e fui à São Sebastião em procura da tal Rádio Beira Mar FM, a fim de fazer um teste. Fui muito bem recebido por todos e convidado a me dirigir ao estúdio para o teste. Depois de anunciar umas músicas, ler algumas notícias e desenvolver algum improviso, ao final do teste, o coordenador me considerou aprovado para a vaga e queria que eu começasse na segunda-feira. Impossível. Afinal, ainda havia um mês de curso a realizar. E meu emprego? E minha família? A não ser que a rádio guardasse a vaga para mim... E não é que eles guardaram?
Amanhã essa história continua.
Bjs. no coração e fiquem com Deus


Recebendo diploma curso locução Senac/Santos

terça-feira, 14 de julho de 2009

O início profissional (Capítulo I)

Já havia trabalhado em vários lugares. Aliás, comecei bem cedo na lida. Aos 14 anos, depois de muita insistência junto ao meu primo José Roberto, ele me indicou para uma vaga de contínuo, o famoso office-boy, no Banco Real. Foi uma alegria muito grande, afinal eu estava entrando na adolescência e qual adolescente não quer sua independência financeira? Fui bancário durante quase 6 anos (de setembro de 1980 a março de 1986) passando por todas as seções do banco. Era muito dedicado. Aos 16 anos fui promovido escriturário, sendo um dos mais novos a ocupar tal posto, e aos 20, promovido a procurador, que era o nome dado ao “chefe de seção”. Com muita responsabilidade e pouca idade, não agüentei a carga e resolvi pedir demissão. Estava certo que, com a experiência adquirida no banco, conseguiria outro emprego com facilidade. Ledo engano. Percebi justamente o contrário. Os bancos e as empresas de um modo geral, não gostavam (não sei como é a realidade hoje em dia) de contratar um ex-bancário. Penso que preferiam “criar” novos profissionais sem vícios de outras empresas.
Demorou um pouco e consegui um emprego na Associação Predial de Santos (APS), que funcionava na Rua Amador Bueno 22, onde hoje é a biblioteca municipal. Era uma cooperativa habitacional privada que se destinava a vender imóveis por meio de um consórcio. Acredito que tenha sido uma das primeiras a realizar tal tarefa. Na época, 1986, ainda era possível encontrar algumas casas na cidade com uma placa da APS fixada na fachada. Lá não consegui ficar muito tempo. A contabilidade ainda era feita no sistema antigo que se chamava “sistema de fichas tríplices”, totalmente manual. Para quem vinha do sistema bancário, com algumas tecnologias à disposição, aquilo para mim era muito pré-histórico. Sem contar a "rabugice" do gerente da época, que não me recordo o nome. Controlava até o tempo que ficávamos no banheiro. Três meses foi o que consegui suportar. E lá vieram mais três meses de procura por um novo emprego.
Em janeiro, por meio do cunhado de minha irmã, Wellington, consegui uma vaga de caixa em uma empresa de navegação. A Transtlantic Carriers, Transcar. Depois passei pela contabilidade e finalmente fui transferido para a tesouraria da Transcar Turismo, onde tive o prazer de trabalhar com o Sr. Faya, um dos precursores do turismo na cidade, fundador da Fayatur. No grupo, fiquei por dois anos. De janeiro de 1987 a julho de 1989.
Em abril de 89, lendo o jornal A Tribuna, fiquei sabendo que abririam vagas para o curso de locução no SENAC-Santos. Pra ser bem sincero, nunca havia imaginado trabalhar em rádio, nem tampouco fui daqueles ouvintes fanáticos de ficar gravando músicas como muitos amigos meus faziam. Perfil fácil de encontrar também nos profissionais de rádio que conheci na carreira. Na verdade, queria ter uma atividade para ocupar minhas noites que estavam ociosas. E por que locução? Algumas pessoas já haviam dito que eu tinha facilidade de expressão e que tinha uma voz boa pra trabalhar em rádio. Quando apareceu a oportunidade, encarei. O curso começou em maio de 1989 com duração de três meses. Faltando um mês para terminar o curso eu já tinha uma proposta para trabalhar em uma emissora de rádio. Iria então começar minha carreira que completa este mês 20 anos.
Amanhã continuo essa história.
Bjs no coração e fiquem com Deus.